12.12.06

Análise: Villa Savoye



A Villa Savoye é a realização dos ideais de Le Corbusier, um receptáculo para a luz solar, empregando uma composição de sólidos e planos como uma pintura purista. Ao mesmo tempo, a forma centralizada é colocada na paisagem como um templo, sobre pilotis, como colunas clássicas.


A membrana transparente que define a zona de acesso contrasta com o volume cúbico acima, é um convite à entrada e uma transição entre o edifício e a natureza na qual está inserido.


A zona de estar é expressa com um piano nobile e tem uma área pública e outra privada, separadas pela rampa. A área pública consta do salão e da sala de estar, e a privada dos dormitórios, sanitários e a cozinha.

A rampa serve como veículo para a promenade architecturale, oferecendo sensações contrastantes, à medida que se passa de um local fechado confinado para a expansão espacial do terraço.

A Promenade Architecturale termina no nível da cobertura, onde Le Corbusier cria mais um terraço. Este é circundado com um painel que, como um frontão, transmite a mensagem do edifício através de uma espécie de escultura.

Os planos curvos do painel também tornam a Villa visível à distância, mantendo a intenção do contato com o exterior presente no térreo.