Influenciado por sua Voyage d’Orient, Jeannerret impõe a seus projetos uma forma mais clássica, a ênfase é deslocada da volumetria complexa para combinações simples de sólidos primários.
Em 1908, Jeannerret passa a trabalhar com Auguste Perret em Paris, onde recebe uma formação básica em concreto armado e aumenta seus conhecimentos da cultura francesa clássica; começa, então, seu rompimento com os conceitos de L’Eplattenier. A convivência com Perret o convenceu de que o concreto armado era o material do futuro, uma das grandes vantagens que via no sistema estava na possibilidade de ter formas padronizadas para a construção, tais como as linhas de produção da indústria automobilística.

Em 1915, Junto com o amigo e engenheiro suíço Max du Bois, desenvolveu duas idéias que desenvolveria ao longo da década de 1920 – sua reinterpretação da estrutura Hennebique como a Maison Dom-Ino e as Villes Pilotis, uma cidade projetada para ser construída sobre pilastras.
O modelo Padronizado Dom-Ino consiste em uma unidade de produção em série de moradias, tem uma laje de piso de concreto, com pilares recuados e uma escada em balanço em uma das extremidades. A laje é nervurada, com caixões perdidos e reforço de aço.
O protótipo Dom-Ino expressava o desejo de Le Corbusier de realizar uma arquitetura urbana, para a era da máquina, seguindo as conquistas modernas da produção em série dos meios de transporte – idéias expressas em seu polêmico ensaio Des Yeux qui ne voient pas (Olhos que não vêem). Ao mesmo tempo era um jogo com a palavra Dom-Ino como um nome industrial patenteado, e dava ao projeto uma conotação de quebra-cabeças onde as plantas em ziguezague lembravam a formação de um jogo de dominó. Em Por Uma Arquitetura, ele escreveu:
“Se eliminarmos de nossos corações e mentes todos os conceitos mortos a propósito das casas e examinarmos a questão a partir de um ponto de vista crítico e objetivo, chegaremos à “Máquina de Morar”, a casa de produção em série, saudável (também moralmente) e bela como são as ferramentas e os instrumentos de trabalho que acompanham nossa existência”.
A Villa Schwob era uma síntese de tudo que Le Corbusier havia vivenciado até então. Era sua oportunidade de empregar o concreto e o conceito que o levou à elaboração da Maison Dom-Ino.